O consumo de pornografia é uma prática comum, principalmente pelo fácil acesso que temos hoje às redes sociais; mas quando se torna excessivo, pode ter consequências negativas. Estudos científicos mostram que esse comportamento pode impactar a saúde mental, a vida sexual e os relacionamentos. Um dos principais problemas do uso excessivo da pornografia é a criação de expectativas irreais sobre o sexo. O conteúdo pornográfico muitas vezes retrata um ideal distorcido, onde tudo é perfeito. Isso pode levar à frustração em relacionamentos reais, resultando em insatisfação sexual, conforme revelado em pesquisas do Journal of Sex Research .
O cérebro humano se adapta rapidamente aos estímulos. O consumo frequente de pornografia pode causar dessensibilização, sendo necessário mais estímulo para alcançar o mesmo nível de emoção. Isso pode resultar em dificuldades em sentir prazer nas relações reais, já que o cérebro se acostuma a estímulos visuais exagerados. Além disso, o uso excessivo de pornografia pode se tornar uma fuga emocional, aumentando os sintomas de ansiedade e depressão. A compulsão por esse tipo de conteúdo também pode gerar sentimentos de culpa e vergonha, prejudicando a autoestima.
Pesquisas, como as da National Library of Medicine , mostram que o uso excessivo de pornografia está associado a disfunções sexuais, como disfunção erétil. Isso ocorre porque o prazer se torna associado aos estímulos visuais da pornografia, e não à conexão emocional de uma relação real. Além disso, o consumo constante de pornografia pode dificultar a intimidade emocional com a parceria, criando uma desconexão na relação. O sexo pode ser visto como uma performance, em vez de uma troca íntima, levando ao afastamento e à frustração mútua.
Outros estudos sugerem que o uso frequente de pornografia pode modificar a estrutura cerebral, afetando áreas ligadas ao controle de impulsos. Isso pode aumentar a tendência a comportamentos compulsivos.
Se você se identifica com esses impactos, a terapia pode ser uma grande aliada. Através de sessões terapêuticas, é possível identificar gatilhos emocionais e encontrar formas mais seguras de lidar com eles. Buscar ajuda é o primeiro passo para uma vida sexual e emocional mais plena, promovendo um autoconhecimento mais profundo.