Quando falamos de vida à dois, estamos falando de duas pessoas que vieram de dinâmicas familiares diferentes e, muitas vezes até opostas uma da outra. Entretanto, são pessoas que unidas pelo sentimento de paixão ou amor, decidiram por construírem uma vida juntos, justamente aí que podem iniciar os problemas de convivência.
Não temos uma matéria escolar ou na faculdade que ensine a lidar com nossas emoções ou que nos ensine sobre relacionamentos amorosos. Certamente uma pena, pois, muitas relações disfuncionais e destrutivas poderiam ser evitadas, bem como prejuízos na saúde mental vindos dessas relações devastadoras.
Na convivência diária com a parceria é que vamos notar (ou deixar de relevar) as diferenças de perspectivas de vida e de valores, e neste momento, que poderão surgir os desentendimentos e discussões.
Em um relacionamento, as brigas podem ser uma maneira dos parceiros se conhecerem melhor, mostrando quem realmente são, seus questionamentos e dificuldades. É também uma forma de defender a privacidade, o espaço e as opiniões de cada um. Esses aspectos são importantes e enriquecem a união.
Não é ruim discutir para chegar em uma solução para determinado problema, na verdade, é até saudável para aprender a ouvir atentamente, trabalhar a empatia e a concessão na tomada de decisões. Entretanto, as brigas se tornam perigosas quando o casal, se envolve tanto na atividade de brigar que perde o afeto e a união, deixando prevalecer a raiva, o insulto, frustrações acumuladas e voltando a problemas antigos mal resolvidos.
Depois de cada briga, quando a poeira baixar, os dois devem se propor a conversar para entender o que aconteceu. Assim, terão mais conhecimento sobre o outro e maior controle de si para evitar futuras discussões desnecessárias.
Saber que todos podem cometer erros e perder o controle ajuda ambos a se esforçarem para se recuperar, entendendo que as brigas são inevitáveis e que o melhor caminho é treinar maneiras mais assertivas para lidar com elas. Que podem ser:
– Evitar trazer assuntos do passado: o foco deve estar no problema atual, não no que aconteceu anteriormente.
– Não interromper: dê chance à outra pessoa de terminar seu pensamento.
– Evitar perguntas usando “por que”: isso pode soar como censura e não ajuda na resolução.
Não existe uma fórmula mágica para manter uma relação feliz. No entanto, parceiros dispostos a aprender e crescer juntos certamente encontrarão novas maneiras de lidar com os conflitos. Assim, podem desenvolver a habilidade de se autocobrar e tirar proveito das discussões.